Ainda
consigo me surpreender com todo esse desamor. E por mais que o tempo passe, e as
mudanças nos obriguem a aceitá-las; Vou continuar a me surpreender!
Triste rumo
os valores tomaram e é decepcionante ver o que hoje tem valor.
O amor ao
próximo corrompido pela ganância, e o amor próprio perdido entre egos. Egos
cegos de tolos inteligentes, criadores de suas próprias dores e cavadores de
suas próprias covas.
Até quanto
esta insana sabedoria será beneficente? Com a pressa de estreitar os feitos e aumentar
o tempo, diminuímos nossa própria existência.
Tantas
coisas criadas para nos favorecer que já estamos perdendo a nossa função de
ser!
A quantas já
não prova um abraço sincero de emoção? A quantas já nem se sabe o valor de um
aperto de mão?!
Vendendo o
que não nos pertence, como o tempo que nem palpável nos é; Tão nosso que nem
podemos controlá-lo, mas ainda assim nos achamos seu senhor.
E
embriagados nessa ilusão perdemos a percepção de que é ele que nos coordena,
nos domina e nos condena a sermos colhedores de nosso plantio. É ele quem
determina até onde seguirá nossa sina, sim, o tempo que ninguém domina.
E seguimos
adiante arrastando nossos erros, infectando os ares que a todos alimenta e que
vivo nos sustenta. Poluído ar que hoje já tem cor e um amargo sabor chamado
consequência; quando já cansados os pulmões que se alimenta, tristes se entregam
a adoecer até cair ao leito da irresistência.
Mas com real
sabedoria aquele que aqui nos plantou, mesmo ciente de nossa culpa preserva
nossa essência sem nos redimir de nossa dor. Preservando o aprendizado mesmo
que muito tenha custado, nos dá o direito de retornar, reviver e aplicar enfim
o que a vida ensinou.
Está ai
então, camuflada em sua razão a cura para toda dor. Pois com toda complacência
ele recolhe as cinzas da existência e reconstrói a nossa essência na pureza do
amor.
Everton Rodrigues








Belo texto!
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