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quinta-feira, 22 de agosto de 2013

A Cura no Renascimento




Ainda consigo me surpreender com todo esse desamor. E por mais que o tempo passe, e as mudanças nos obriguem a aceitá-las; Vou continuar a me surpreender!
Triste rumo os valores tomaram e é decepcionante ver o que hoje tem valor.
O amor ao próximo corrompido pela ganância, e o amor próprio perdido entre egos. Egos cegos de tolos inteligentes, criadores de suas próprias dores e cavadores de suas próprias covas.
Até quanto esta insana sabedoria será beneficente? Com a pressa de estreitar os feitos e aumentar o tempo, diminuímos nossa própria existência.
Tantas coisas criadas para nos favorecer que já estamos perdendo a nossa função de ser!
A quantas já não prova um abraço sincero de emoção? A quantas já nem se sabe o valor de um aperto de mão?!
Vendendo o que não nos pertence, como o tempo que nem palpável nos é; Tão nosso que nem podemos controlá-lo, mas ainda assim nos achamos seu senhor.
E embriagados nessa ilusão perdemos a percepção de que é ele que nos coordena, nos domina e nos condena a sermos colhedores de nosso plantio. É ele quem determina até onde seguirá nossa sina, sim, o tempo que ninguém domina.
E seguimos adiante arrastando nossos erros, infectando os ares que a todos alimenta e que vivo nos sustenta. Poluído ar que hoje já tem cor e um amargo sabor chamado consequência; quando já cansados os pulmões que se alimenta, tristes se entregam a adoecer até cair ao leito da irresistência.
Mas com real sabedoria aquele que aqui nos plantou, mesmo ciente de nossa culpa preserva nossa essência sem nos redimir de nossa dor. Preservando o aprendizado mesmo que muito tenha custado, nos dá o direito de retornar, reviver e aplicar enfim o que a vida ensinou.
Está ai então, camuflada em sua razão a cura para toda dor. Pois com toda complacência ele recolhe as cinzas da existência e reconstrói a nossa essência na pureza do amor.

Everton Rodrigues



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